O Nome da Morte

by - 18 agosto


Tiremos os preconceitos com filmes baseados em fatos reais e embarquemos em uma história absurda, porém retratada de um jeito fantástico. O Nome da Morte conta a vida de Júlio, um jovem que vive com a família no interior do Brasil. Sua vida começa a mudar com a visita do tio Cícero, homem que o convida a ser policial militar. Ao chegar na cidade, percebe que sua vida seguiria um caminho inimaginável. 

Com as mãos trêmulas, respiração pesada e moleza no corpo pelo ato de total oposição ao que sempre foi instruído, por lealdade ao tio, Júlio mata pela primeira vez. Ele descobre, então, uma perturbadora vocação que se transformaria em ofício. Homem carinhoso, Júlio se casa com Maria. A cada bala que corre pelo cano da arma e entra facilmente pelo corpo de cada vítima, o religioso rapaz é atormentado, mas segue adiante enquanto vive um mergulho num país sem lei, onde cada vida tem seu preço, mas nenhum valor. 

A parte mais chocante dessa história é que Júlio matou mais de 400 pessoas - por encomenda - e ainda vive solto, nunca pagou pelos crimes cometidos. Nessa longa e perturbadora jornada, ele tirou pais de filhos, perdeu um filho, ficou rico, ficou pobre, se arrependeu e voltou a praticar estas coisas, mas nunca mais teve plena paz em sua vida. Ainda é aterrorizado por pesadelos e reza diversas vezes para conseguir dormir um pouco.

O filme tem um peso muito grande, mas nos faz pensar muito sobre o que realmente vale a pena ou não. 

Eu tenho um esteriótipo formado sobre o Marco Pigossi, então demorei para desconstruir tudo e aceitar o personagem nele. Mas ainda acho que a falta de malícia do Júlio não casou muito bem com o Marco, que, apesar disto, não deixou a desejar em sua atuação.


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2 comentários

  1. Até me deu vontade de assistir o filme, você(s) fala(m) de tudo muito bem. (*w*)

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    1. É ótimo, amiga, apesar de dar um pouquinho de raiva! rs

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